segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Instrumentos Náuticos

















quadrante:
                                               






                                                O quadrante astronómico, conhecido desde a Antiguidade, foi o instrumento de alturas mais cedo adaptado à náutica: é referido pela primeira vez no relato de Diogo Gomes, que declara tê-lo utilizado numa viagem efectuada por volta de 1460. Os quadrantes usados em astrologia apresentavam, em geral, outros órgãos acessórios, com escalas que davam as tangentes de certos ângulos, linhas horárias e por vezes também, mas só a partir do século XIII, um cursor que se deslocava ao longo da escala de alturas e resolvia certos problemas astronómicos. Com o tempo procurou-se fazer do quadrante náutico um instrumento de precisão adaptando-lhe um nónio ou modificando-o sem lhe alterar a base de construção.






Bússula:
A palavra “bússola” vem do italiano do sul bússola, que significa “pequena caixa” de madeira de buxo. É composta por uma agulha magnética na horizontal suspensa pelo centro de gravidade, e aponta sempre para o eixo norte-sul, ao seguir a direcção do norte magnético da Terra. Atribui-se a descoberta da orientação natural dos imane aos chineses, por volta do ano 2000 a.C., e por consequência, a invenção da bússola. Foi introduzida na Europa pelos árabes, e foi Flávio Guia que introduziu também o desenho da rosa-dos-ventos na bússola, mas, conforme se veio recentemente a provar é afinal um historiador italiano que a aborda pela primeira vez no ocidente. Data pelo menos do século XV o conhecimento da declinação magnética, quer dizer, da diferença entre o Norte magnético, indicado pela agulha, e o Norte verdadeiro e, possivelmente, foi descoberta pelos portugueses. A declinação era verificada pelo confronto com a observação da Estrela Polar, quando no hemisfério norte, ou da Estrela Pé do Cruzeiro, quando no hemisfério sul, e a direcção apontada pela bússola.
A bússola é sem dúvida o instrumento mais conhecido dos Descobrimentos, pois foi provavelmente o mais importante. Indicando sempre o Norte, é uma ajuda preciosa para todo e qualquer navegador. As bússolas actuais variam um pouco entre si, mas têm os mesmos componentes básicos.
Uma bússola é um instrumento habitacional para se encontrarem direcções. Ela consiste num ponteiro magnetizado livre para se alinhar de maneira precisa com o campo magnético da Terra. Uma bússola fornece a uma direcção de referência conhecida que é de grande ajuda na navegação. Os pontos cardeais são norte, sul, leste e oeste. Uma bússola pode ser usada com um relógio e uma sectante para fornecer uma capacidade de navegação bem precisa. Esse dispositivo melhorou bastante o comércio marítimo tornando as viagens mais seguras e mais eficientes.
Uma bússola pode ser qualquer dispositivo magnético que usa uma agulha para indicar a direcção do norte magnético dos magnetos do planeta. Qualquer instrumento com uma barra magnetizada ou agulha girando livremente sobre um pivô e apontando para o norte e o sul pode ser considerada uma bússola.
 Astrolábio:
O astrolábio é um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte.
Convenciona-se dizer que o surgimento do astrolábio é o resultado prático de várias teorias matemáticas,desenvolvidas por célebres estudiosos antigos: Euclides, Ptolomeu, Hiparco de Nicéia e Hipátia de Alexandria.
Era usado para determinar a posição dos astros no céu e foi por muito tempo utilizado como instrumento para a navegação marítima com base na determinação da posição das estrelas no céu. Mas nunca foi seviestituido
Também era utilizado para resolver problemas geométricos, como calcular a altura de um edifício ou a profundidade de um poço. Era formado por um disco de latão graduado na sua borda, num anel de suspensão e numa medicina (espécie de ponteiro). O astrolábio náutico era uma versão simplificada do tradicional e tinha a possibilidade apenas de medir a altura dos astros para ajudar na localização em alto mar.
Portulano:
Portulano Os primeiros portulanos foram confeccionados nas cidades de Gênova e Pisa, sendo o exemplar mais antigo que se conhece, datado de 1296. Ângelo Dulcert Portolano, em 1300, aperfeiçoou as linhas loxodrómicas, dando o seu sobrenome a este tipo de representação. Outros estudiosos, entretanto, sustentam que o termo "portulano" foi utilizado pela primeira vez em 1285, com o sentido de "descrição dos portos marítimos e das costas".
Posteriormente, destacou-se na sua produção a chamada "Escola de Maiorca", na ilha de Maiorca, reputadas pela beleza de suas iluminuras.
Os portugueses também se destacaram na sua produção, especialmente no período do Infante D. Henrique e da lendária "Escola de Sagres".
A partir do século XVI o termo "portulano" difundiu-se e começou a ser aplicado a qualquer colecção de instruções náuticas, assim como aos mapas que as acompanhavam. A partir do século XIX o termo passou a designar, de forma genérica, as cartas marítimas produzidas até aos fins do século XVI.
Estima-se que restem actualmente um pouco mais de uma centena de exemplares desses primitivos mapas.